Sobrepeso já atinge mais as mulheres do que os homens

Sobrepeso já atinge mais as mulheres do que os homens. Médico revela como perder peso sem comprometer a saúde!

No mês internacional da mulher é comum ver o público feminino “brigando com a balança”, tanto que algumas recorrem às dietas “milagrosas”, na esperança de perder os quilinhos indesejáveis, principalmente com o ganho de peso causado pela pandemia e isolamento social. Porém, essa opção não é a mais recomendada. 

No Brasil, o sobrepeso atinge mais as mulheres: 62,6% estão obesas ou com excesso de peso, enquanto entre os homens o problema alcança 57,5%. Entre 2003 e 2019, a obesidade nas mulheres passou de 14,5% para 30,2%, enquanto a masculina subiu de 9,6% para 22,8%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNE), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o médico gastroenterologista e nutrólogo Bruno Sander, diretor do hospital Dia Sander Medical Center, na região hospitalar de Belo Horizonte, essas dietas da moda podem fazer com que a pessoa perca peso nos primeiros dias, mas o processo de emagrecimento não tem eficácia e não é duradouro. “O ideal é manter uma alimentação equilibrada e com acompanhamento adequado”.

Ainda de acordo com o especialista, emagrecer não depende só da alimentação, claro que ela é grande responsável, mas precisa estar alinhada com alguns outros hábitos. “Praticar atividade física, evitar o estresse e a ansiedade, pois eles aumentam a produção de adrenalina e cortisol, hormônios que desaceleram a queima de calor. Além de beber bastante água para auxiliar no fluxo intestinal e ter um sono tranquilo, entre 6 e 8 horas são fundamentais”, enumera.

Tratamentos não invasivos

Quando as dietas e os tratamentos já citados não surtem o efeito esperado, podem ser indicados alguns métodos não invasivos para a perda de peso, garantindo a saúde e qualidade de vida do paciente. “O balão intragástrico é um método não invasivo e indicado para pacientes com IMC igual ou maior que 27 kg/m². Ele é inserido no estômago por meio de endoscopia e sem a necessidade de internação. O tratamento pode durar até 12 meses”, citou o médico endoscopista.

Além do Balão, outras técnicas como a redução do estômago por endoscopia ou overstitch, a cirurgia bariátrica ou o plasma de argônio, procedimento a laser para quem já fez a bariátrica e voltou a ganhar peso também podem ser avaliadas de acordo com cada caso. “Não existe uma regra. É preciso avaliar caso a caso de cada paciente. Antes de decidir emagrecer é preciso procurar um médico. A ajuda de um profissional é indispensável, pois ele irá definir qual o melhor plano para que a paciente conquiste seu objetivo. E também investigar qual a causa do não emagrecimento”, conclui Sander.

Fonte: Bruno Sander, médico cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia e nutrologia. É diretor clínico do Hospital Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte (RQE: 14270/32354/41292) @sandermedicalcenterbh.

imagem: TheOtherKev – Pixabay License
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